12.11.05

Eu, agora, antes.

Não falem comigo.

Não sou uma boa ouvinte.
Sou egocêntrica
Sou depressiva
Sou carente.

Sou, Sou, Sou, Sou.

Sempre um começo de frase.
Sempre um começo de história.

Sou, nesse exato momento, quase tudo que eu não deveria ser.
Sou exata no ponto final da história. Nunca no começo dela.

Nesse exato momento a cidade está suspensa em silêncio e dor.
Em sentir a falta mas não sentir mais o amor.

Como tudo aconteceu, eu nunca vou saber explicar.
Eu vou exagerar, falar além da conta.

Vou emocionar a história para todos se emocionarem comigo.
Como se eu precisasse de alguém sentindo tudo ao meu lado.

Nota: nunca, em hipótese alguma, revelar meu signo.

No meu dia de sol choveram sentimentos nublados.
Não nublado de nublado, mas nublado de céu nublado, de dia insosso.

Mas agora entendi que não importa pra quem, você TEM que estar bem.
De que adianta se revelar, se ninguém vai realmente se importar?

Quero que você me queira. Preciso que você precise de mim.
E nessa parte do poema, o eu-lírico se dirige a 6 bilhões de pessoas, aproximadamente.

O meu olhar de "meu sorvete de casquinha caiu no chão" acabou.

Tchau, garoto.
Não sei se foi bom te conhecer.

Nesse exato momento parece que eu engoli um limão.

3 Comments:

Blogger Luiz said...

Zoloft, please!!!

13 novembro, 2005 11:14  
Anonymous Anônimo said...

agri-doce

14 novembro, 2005 14:33  
Anonymous Anônimo said...

não sinto estar fora dessa nojeira, sinto, estar sozinha nessa...

15 novembro, 2005 01:03  

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