19.4.13

gastrite

E, quando penso em escrever, é difícil. Claro que é difícil. E eu sinto um nó no estômago. Bem, escrever é difícil , pois, as palavras se tornam-se espelhos do sentimento, e refletem o que estou sentindo. Ao vê-la, a palavra entra, e reencontra o lugar de onde saiu. De dentro. Do fundo. Das estranhas de onde dói. De onde sai, de onde escorre. A mágoa escorre, ela aperta, ela arde. Ela é o positivo. Ou seria o negativo? O que é positivo, o peso ou a leveza? E que amor é mais memorável, o que doeu, ou o que te fez voar? Eu não quero um amor que dói. Dói nas entranhas, de onde saem as palavras. Das entranhas de onde não saem as palavras. E elas escorrem, feito mágoas. A gastrite é estar no olho do furacão. Sentir dor na respiração profunda. Que devia aliviar, mas faz sentir a dor mais um pouco forte. De onde escorrem as mágoas e as palavras, as entranhas doem.
De onde são absorvidos os reflexos dos sentimentos. Que deixaram de ser respostas encobertas, e agora entraram no ambiente público e é comportamento. comportamento verbal, para a comunidade verbal. E quem estiver fora da comunidade verbal, não tem a chance de ver o reflexo das mágoas que voltam como palavras. A palavra vai pra fora. Fale. leia. Invadir o ambiente de forma organizada, esse é o impacto da palavra. Parece assim mesmo, quando escrevo a mágoa escorre. Dentro, machuca. Na gastrite, são as palavras no olho do furacão. No meio das entranhas