18.4.12

Não há muito o que fazer. É uma costela fraturada, dói toda vez que você respira. Não há como enfaixar, o jeito é tomar remédios ou se acostumar com a dor.

Não há muito o que fazer. É um coração partido, dói toda vez que eu respiro. Não há como enfaixar, o jeito é se acostumar com a dor. E só. Não há remédio. Não há cola. O tempo pode passar, e me fazer mudar o significado dessa dor, mas ele ainda não passou. Por aqui ainda tá tudo igual, seu chero no travesseiro, uma vontade imensa de te ver. Ah, mas agora é diferente. É pra mim que seu celular está desligado. Não é comigo que você quer terminar os dias. E o que se há de fazer? Sofrer, chorar, gritar, fugir, praguejar, aceitar, respirar, continuar. Eu posso escolher o caminho mais longo, ou o caminho mais fácil. O mais certo, o mais intuitivo. Posso me arrepender. Mas devo me responsabilizar. Eu me responsabilizo. Não terminei tudo naquele segundo porque o amo, porque queria dar mais uma chance. E eu fiquei sem chance. Eu tive, mas a chance que eu queria era chance de uma vida, chance de uma certeza. Chance de um amor. Eu te amo. Não posso te esperar, não posso implorar, não posso me humilhar. Mas te amo. Aqui, hoje, ainda agora.