27.3.10

Eu sinto bem aqui dentro todas as coisas acontecendo.
É tempo de mudanças, eu sei. Tempo de se lembrar de fases do passado, ficar "inexplicavelmente" feliz com as novidades, os novos amigos.
Um caso de amor no meio disso bagunça tudo.
Ainda mais quando esse cara é mais pirado e carente do que eu.
Lembro de coisas do passado, de dores do passado. Como uma sensação pode vir a tona tão rapidamente? Meu corpo todo sente os anos passando. Eu estava em 2002, e 8 anos depois estou eu aqui.
É como uma nostalgia da dor de mudança. Mas eu estou passando por uma, então qual a nostalgia? Será que é só uma nova dor e eu não estou sabendo interpretar?
Um cara apaixonado, novidades extasiantes, músicas tocantes. É como se eu já tivesse visto esse filme antes. Essa dor de fim de tarde e noite, vontade de escrever. O que eu fazia quando eu não fumava? Não sei dizer se havia outro método eficaz de lidar com isso. Eu lembro bem que no 1° 2° colegial, sair e fumar um cigarro era bom, talvez não resolvesse. Não é como se agora resolvesse, porque os sentimentos são reais. E se eu tomei consciência agora, eles já estavam sendo elaborados antes.
Cara, eu queria me apaixonar, mas não assim. Sei lá, você podia estar mais perto da minha norma. Se é que é isso, ou só isso, que nos faria ficar juntos.
E as aulas... ai, tô muito feliz.

2.3.10

I don't wanna stay here

Um cara cruzou o meu caminho e me fez lembrar das minhas principais conquistas e maiores fraquezas. Primeiro que, de carona na idéia de pensamento como onda que atinge as pessoas, eu pedi um perfil e o universo me atendeu. Em linhas tortas. Eu chamaria de "abuso emocional", e já que é a minha vivência, eu posso chamar assim. Como que eu desperto um interesse tão mortal nos homens que eles ficam furiosos a cada vez que eu vou embora? E sinto que esquecem que gostam de mim, e me agridem verbalmente. Cara, você entendeu tudo errado. Sim, eu tenho um futuro brilhante. Não sei se você massageou meu ego, mas parece que viu minha alma. Agora diz que nao gostou de me conhecer porque eu dei um bolo. Eu não peguei minha bolsa e fui embora, com esperança de que você tivesse carinho por mim. Esse foi um gesto de carinho, ouvir sua neurose. Nós dois somos e nos consideramos muito sensíveis, mas minhas lentes são diferentes das suas. E o jeito como as lentes foram quebradas, também foi diferente. Por isso ambos achamos que sabemos quem somos, quem o outro é, e porque a situação acabou assim. Mas cara, você entendeu tudo errado. Esses anarquistas que cruzam meu caminho e cospem em cima das minhas regras. Eu preciso de regras e achava que admirava quem não as seguia, mas é preciso muita forma para atingir o desforme. E você sabe um monte, com esse seu pau grande como a conta bancária. Quero seu cheiro, seu abraço, sua altura era perfeita para meu companheiro, mas você não acompanhou meu passo. Quem ama acompanha o passo, ou você estava apaixonado demais e desesperado com a possibilidade de me perder? Eu não sei ao certo, mas cara, você entendeu tudo errado, tudo errado. Nenhum dos meus estímulos dá brecha para o seu tipo de resposta.

E leva um tempo para internalizar tudo isso, por enquanto sinto falta do seu toque, do seu beijo, das suas piadas... e eu não posso ficar aqui discutindo suas atitudes, falar que você entendeu errado. Esse é seu jeito, coisa minha essa de querer você perfeitinho pra mim, na minha cama, não no seu colchonete.

Voltar atrás sempre foi punhetação, masturbação mental, você com sua notória habilidade de conversação tentando caçar a proxima vitima. Agora já não sei mais, vai que você gostou de mim e também está magoado?